olhares

pelos vistos percebo pouco disto, dos blogs. Mas bom já que cá está, vou tentar dinamizá-lo sem nenhum objectivo definitivamente traçado. Servirá para isso mesmo para se traduzir no que se quiser.

hoje mesmo é mais pelo non sense, porque queria mesmo entrar na rua, e saborear com os olhos o beiral de uma janela que deixa ver para dentro. Como saí em casa, respirei o frio da janela fechada e aguardei que me olhassem de dentro da rua.

estou sozinho

Crescer é difícil e muitas vezes doloroso.

"Não sei ser, nem quero ser universitário. Não me encaixo e estou perdido. Quero ir para casa, quero fugir. "

Estes "murmúrios" nem sempre se ouvem. É difícil dizer que somos fracos, que temos medo.

Olhamos em redor e pensamos que só nós nos sentimos assim. Somos os piores.

Não nos queremos defraudar e muito menos mostrar à família como estamos tristes, e sós.

Aos pares, então nem se fala do assunto. Podemos passar por "meninos/as da mamã".

"Será que posso chorar? Será que alguém me compreende?" A angústia não acaba e não tem por onde se expressar. As tarefas do crescimento, que são já tão difíceis ficam comprometidas com estes medos e esta intolerância para consigo próprio/a.

Chega o sintoma: "não consigo dormir; estou sem concentração; não quero comer; vou vomitar; não consigo evacuar". E que vergonha se sente, sem saber o que fazer, com vontade de gritar, com vontade de desistir.

Quando passa é um alívio, mas às vezes demora a passar. Às vezes tempo demais e não há com quem falar. Muitas vezes bastava isso...Alguém com quem falar.