abriu a porta e entrou em ontem. Esperou o "dejà vue" mas não o queria, hoje. Não lhe apetecia o arrepio da estranheza, que lhe descia pela coluna, de estar a repetir algo que a memória não lhe queria facultar. Olhou para a nesga da porta aberta onde o agora o esperava...mas também não lhe apetecia!
No agora de ontem havia uma aventura, um estranho caminho de precipitados precipícios, de incertos trilhos e de macieiras azuis,
Basil sabia-se sombra em agora de Tempo. A escada que o transportara à porta estava entrelaçada de rosas. O coração de Basil sorriu e olhou para a primeira macieira de ontem.
Em Tempo, Zi tinha levado das mãos de Lia as estacas das roseiras. O caminho do Sol assim ficava marcado. No jardim primeiro, Zi aconchegou Lia nas suas asas...Pensou em Ugardila, a grande águia, para levar Lia à fonte do sonho. "amanhã, sim, amanhã, ugardila chegará"
Em defesa da língua portuguesa, este blog não adopta o "Acordo Ortográfico" de 1990 devido a este ser inconstitucional, linguísticamente inconsistente, estruturalmente incongruente (para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral)
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
sussurrar-te de beijos
hoje sussurrei-te de beijos. leves toques de lábios húmidos, tão breves e tão belos quanto o vogar das borboletas nas flores abertas...e logo me deleitei em murmúrios de beijos quando os meus lábios escorregaram pela tua pele, pequenos riachos de águas cristalinas, enquanto os teus dedos me apartavam o cabelo do rosto. subi então no teu corpo, deitei-me nele e deixei que os teus sussurros e murmúrios percorressem todos os contornos da minha pele.
Gosto dos ecos dos sussurros e dos murmúrios...
Gosto dos ecos dos sussurros e dos murmúrios...
terça-feira, 21 de agosto de 2012
por entre o reino das gaivotas
a manhã acordou pendurada em gotas de
água, salgadas. o cheiro da maresia agarrava-se ao corpo, adivinhava-se
um Sol tórrido. O mear da manhã abriu o céu de azul intenso e o mar
começou a humedecer o verde das algas. por entre as pedras, lagoas de
água quente acolhiam esguios peixes e escondiam polvos frenéticamente
procurados pelos veraneantes. as gaivotas sorriam de desdém: infelizes
dejectos e iscos de pescadores permitiam-lhes permanecer sobre as ilhas
onde reinavam...a comida estava fácil. Malaquias afoitava-se por entre
as gentes...Mais à frente na rebentação das ondas Sindala mergulhava.
Benedita sentou-se sobre as pernas envolvida pela água cálida. Desenhou
sulcos, com os dedos, uma cornucópia de luz. Malaquias,soltou-se do
cardume, beijou-lhe os dedos e os sulcos desenhados em sombras sobre o
corpo. Sindala correu para o oceano. nas pequenas ilhotas crescia o
reino das gaivotas...
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
sombras
imagem albino moura
perdido em quelhas sem nome
sem mapas, só sons em busca de silêncios
e um nada que não permite sorrisos
e dói......
...ele ri e o meu coração saltita, fugiram as sombras
amanhã talvez já seja um novo dia
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