terça-feira, 21 de agosto de 2012

por entre o reino das gaivotas

a manhã acordou pendurada em gotas de água, salgadas. o cheiro da maresia agarrava-se ao corpo, adivinhava-se um Sol tórrido. O mear da manhã abriu o céu de azul intenso e o mar começou a humedecer o verde das algas. por entre as pedras, lagoas de água quente acolhiam esguios peixes e escondiam polvos frenéticamente procurados pelos veraneantes. as gaivotas sorriam de desdém: infelizes dejectos e iscos de pescadores permitiam-lhes permanecer sobre as ilhas onde reinavam...a comida estava fácil. Malaquias afoitava-se por entre as gentes...Mais à frente na rebentação das ondas Sindala mergulhava. Benedita sentou-se sobre as pernas envolvida pela água cálida. Desenhou sulcos, com os dedos, uma cornucópia de luz. Malaquias,soltou-se do cardume, beijou-lhe os dedos e os sulcos desenhados em sombras sobre o corpo. Sindala correu para o oceano. nas pequenas ilhotas crescia o reino das gaivotas...

Sem comentários:

Enviar um comentário