a manhã acordou pendurada em gotas de
água, salgadas. o cheiro da maresia agarrava-se ao corpo, adivinhava-se
um Sol tórrido. O mear da manhã abriu o céu de azul intenso e o mar
começou a humedecer o verde das algas. por entre as pedras, lagoas de
água quente acolhiam esguios peixes e escondiam polvos frenéticamente
procurados pelos veraneantes. as gaivotas sorriam de desdém: infelizes
dejectos e iscos de pescadores permitiam-lhes permanecer sobre as ilhas
onde reinavam...a comida estava fácil. Malaquias afoitava-se por entre
as gentes...Mais à frente na rebentação das ondas Sindala mergulhava.
Benedita sentou-se sobre as pernas envolvida pela água cálida. Desenhou
sulcos, com os dedos, uma cornucópia de luz. Malaquias,soltou-se do
cardume, beijou-lhe os dedos e os sulcos desenhados em sombras sobre o
corpo. Sindala correu para o oceano. nas pequenas ilhotas crescia o
reino das gaivotas...
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