quinta-feira, 2 de maio de 2019

as terras dos bailados

no horizonte, o azul assim esticado nas ervas, por entre hastes finas e flutuantes, sussurrou os sons da aragem e do correr da águas.
Senti-te. Sei que és tu, quando te cheiro no sentir do sopro dos teus lábios no meu pescoço, na minha nuca, como pena leve que me alvoroça a alma. e tocaste-me como se o meu corpo fosse porcelana e a minha pele a mais sedosa pétala.
Disseste-me "para além da colina, meu amor, estão as terras dos bailados..." Segui, agarrei no azul do céu e escorreguei. Era como um ninho, quente e aconchegante e a sombra da árvore grande fazia-me cócegas
"amo o luar do teu rosto", disse-te quando te olhei..
e os teus olhos, cheios de vento, disseram-me "meu desejo, meu anseio, como deixar-te ir? como?"
"salta comigo" disse-te "se me queres, respira-me, possui-me a alma"
Saltaste e caminhámos prado adentro, a tua pele colada em mim.
"Amo-te" disse. E fomos pássaros, encantados em danças e cores nas terras dos bailados

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