domingo, 3 de junho de 2012

(1981) sem palavras

para ti não há palavras, só os gestos, os sons,
o meu corpo todo no movimento lento de te amar e de me dar.
para ti os sons da minha vida, do meu sonho, alegria e dor.
os beijos dos momentos comidos pelo tempo, voando inexpressivos,
no compasso do teu quarto.
eu, tu, com dor física sem ti
eu toda, sem pensamento,
eu gemendo, rindo, gritando a loucura do momento,
não momento
do infinito tempo, não tempo, do nosso orgasmo
em universo, irreal, no real das minhas coxas,
da tua boca devorando-me,de ti dentro de mim,
rindo sarcástica ao ponteiro fiel da pinocada rotina,
quotidiana, semanal da masturbação intelectual, sem gozo..

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