davas-me a mão, sabias, quando me desequilibrava na muralha e era
noite. o rio estava escuro e brilhava nele o luar. havia uma dança no
nosso caminhar, um bailar de ancas e de rodeios. falávamos com palavras
tão mordidas de anseios.
tocaste-me a cintura por entre os
desníveis das ameias, e disseste-me ao ouvido "para te sentires segura"
...e eu que queria navegar na lua derramada nas águas escuras.
dei-te
a mão no breve instante em que me elevaste para logo me poisares no
relvado do fim da muralha. foi quando rocei o lóbulo da tua orelha e te
segredei "desenha-me beijos, faz-me existir".
Sabes? naquela muralha junto ao rio...e estava luar.
Em defesa da língua portuguesa, este blog não adopta o "Acordo Ortográfico" de 1990 devido a este ser inconstitucional, linguísticamente inconsistente, estruturalmente incongruente (para além de, comprovadamente, ser causa de crescente iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral)
sexta-feira, 20 de maio de 2016
quinta-feira, 19 de maio de 2016
a lenda das papoilas
deitaram-se no campo das flores vermelhas.
por entre as hastes verdes e os suaves vermelhos banhados pela luz, ela sorria. Quando sorria, as pétalas da papoila quase rosa que lhe roçava os lábios, dançavam soltas e agitavam bailados de sombras íntimas que ele bebia.
e o Sol caía morno sobre a terra, sobre os corpos. Gostava de lhe sentir as sombras, de lhe adivinhar a pele, de lhe tocar com o olhar.
Ajeitou-lhe o cabelo, atrás da orelha. tocou-lhe os lábios com os seus e tombou discreto no seu peito por onde navegavam flores, hastes verdes e um morno calor.
dormiram o sono das papoilas, pleno das íntimas sombras dos amores ali amados...
- e foi assim Benedita, que as papoilas ficaram com cheiros que não se sentem, mas que nos adormecem docemente, contou-lhe a mãe com um mágico sorriso.
por entre as hastes verdes e os suaves vermelhos banhados pela luz, ela sorria. Quando sorria, as pétalas da papoila quase rosa que lhe roçava os lábios, dançavam soltas e agitavam bailados de sombras íntimas que ele bebia.
e o Sol caía morno sobre a terra, sobre os corpos. Gostava de lhe sentir as sombras, de lhe adivinhar a pele, de lhe tocar com o olhar.
Ajeitou-lhe o cabelo, atrás da orelha. tocou-lhe os lábios com os seus e tombou discreto no seu peito por onde navegavam flores, hastes verdes e um morno calor.
dormiram o sono das papoilas, pleno das íntimas sombras dos amores ali amados...
- e foi assim Benedita, que as papoilas ficaram com cheiros que não se sentem, mas que nos adormecem docemente, contou-lhe a mãe com um mágico sorriso.
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