caminhou no silêncio. seguiu o trilho amarelo, da terra seca e compacta. os passos soavam compassados, cantavam ritmos na viagem. ladeavam-na muretes meios desfeitos de empedrado granítico pejados de silvas de onde pendiam amoras.
Tocava-lhe quente o sol. acoitou-se nas sombras de odor às maçãs bordejantes do caminho. eram esparsas mas tão frescas que a pele húmida se lhe vestiu de folhas. E ali colheu amoras.
Mais além ele esperava-a.
Despiu-se das folhas. os campos luziam entre sombras de verde escuro e dourados fortes. O Sol fugiu para além das pedras dos muros distantes. E ali abraçou-se a ele. Tocava-lhe quente, a pele húmida despida de sombras.
Aninhou-se-lhe no peito, as bocas a saberem a amoras.
Doce era a tepidez do fim do dia.
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