quarta-feira, 10 de julho de 2013

na tua rua

passei na tua rua e entrei devagarinho. o pássaro azul abriu-me a porta.
passeei na tua rua, um rendilhado de sombras e luz com os sons do amanhecer. os sons frescos do amanhecer quando os dias são tórridos e gélidos.
o amanhecer pintava, na tua rua, as ondas do meu corpo, curvas de sedutoras sombras. o pássaro azul bicou-me as orelhas. e tu chegaste, entraste na tua rua, nas sombras sedutoras do meu corpo.
o amanhecer aquecia devagarinho os recantos da tua rua. o pássaro azul saltitou-nos no redondo dos nossos ombros, chilreou o sol da manhã e aninhou-se no meu pescoço.
hoje ou ontem, não sei, passei na tua rua. o pássaro azul voou sobre os meus cabelos mas a manhã esqueceu-se de amanhecer.
acordei ao amanhecer, nos sons frescos do pássaro azul poisado na minha cama. lá, no centro da tua rua.

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