Gosto da linha do meu ventre. Deixou de ser plano. Exibe um doce abaulamento por ter aconchegado os filhos que pari.
chega um tempo em que o corpo rejeita a roupa. É um tempo em que o corpo gosta de si como é e se cansa da roupa a que não se ajusta. O corpo desenha-se aí em histórias e emoções e quer-se assim amado, assim vivido.
Gosto de mostrar a linha do meu ventre, sem roupa. Descubro por isso que estou no tempo da Terra.
Ainda não saí, nua! De manhã repetem-se as rotinas e eu ainda viajo com roupa.
Amanhã sim, vou descansadamente parir o meu corpo, por aí.
Nunca tinha pensado nisso. É frequente ouvir que mulheres fizeram plásticas, não usam biquíni, tem vergonha de mostrar o ventre. É um pouco ter vergonha do que fizeram, é um negar a maternidade e o seu próprio fruto.
ResponderEliminarSempre agitando as consciências, Milai.
Fernando Lau