sábado, 12 de maio de 2012

o fim da rua

havia uma rua sem fim. eu sentava-me bem no principio, que não era principio, só era porque eu estava lá. afinava o olhar até ao fim, aquele ponto misterioso que tem algo do lado de lá, e por isso não tem fim. esticava o braço e puxava o fim da rua para ao pé de mim, para ver, para lá do fim. nunca lhe encontrei o fim, mas sempre o lado de lá. quase que me esquecia de viver do lado de cá!

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