quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

vou contigo à lua

quase sempre perdia-se. decidiu por isso que o melhor era estar num prado. para não se perder nem se encontrar. Apenas colheria flores sem as colher. entrançaria o vermelho das papoilas com a alvura dos malmequeres.
para onde o olhar fugisse não veria dentro ou fora somente o azul bem junto ao amarelo do prado e os caminhos desenhados, para além do horizonte, em encarnado-branco.
deu-lhe a mão. seguiram pelos entrançados, cruzando-se, perdendo-se e encontrando-se, ela grande, ela menina. Quando chegaram ao horizonte ele já lá não estava, esgueirara-se para mais além, outra vez a beijar o prado dourado.
- Sabes?!- disse ela menina- encontrei uma escada para chegar à lua. queres vir comigo? Ela grande, sorriu, acenou que sim e disse: - Leva-me contigo!
Caminharam. nunca mais se perderam.

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