domingo, 2 de junho de 2013

o baloiço perdido

a aragem traz-me o som das vigas onde o baloiço geme. estou mais perto do céu, a copa da velha tília ao alcance da minha mão, os cabelos soltos a rasar o chão quando lanço os pés para ir mais longe. assim viajo nas linhas que os meus olhos tecem, na rota que me traz de lá para cá, de cá para lá, uma viagem sem princípio nem fim na cadência forte do universo escondido no baloiço do meu jardim. e vogo na barca dos sonhos, na espuma das nuvens brancas, ao sabor do vento que faço quando o meu corpo se abre e balanço, só balanço...o sol navega comigo,baila nas pontas do horizonte, lambe-me a pele e aquece-me o rosto que o vento arrefece.
a aragem traz-me o som das vigas onde o baloiço geme. entre o quente e o frio procuro o baloiço perdido do meu varandim
leva-me, vai vem do vento que faço.

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