terça-feira, 6 de agosto de 2013

a tempestade

ousava ousar a tempestade. sem ela morria-lhe o corpo, apodrecia-lhe a mente. ousava acontecer-se.  vagueava  nua e, descalça, pisava a terra, a lama. logrou chegar ao sagrado quando o corpo, suado, gemeu de prazer e a névoa a envolveu num lençol aveludado. e adormeceu, assim mesmo, bem dentro da tempestade que ousou.
Cresceu uma folha verde água no ramo solar da casárvore. Balbuína tinha acontecido.

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