quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

mesmo quando eu não existir?

- e depois?
- depois?!
- ficas sempre comigo, mesmo quando o sol que está no céu estiver quase a morrer?
- sempre...
- mesmo quando eu não existir?
- sempre...
aninhou-se-lhe no colo, escorregou-lhe os dedos pelos lábios e fechou os olhos. O arcanjo envolveu-os e cairam do céu.
o lago baloiçava barquinhos, nenúfares e restinhos de sol.
- olá!
- Olá!
- Como te chamas?
- Basil.
- Ah! Basil eu sou Sindala. Quantos anos tens?
- Humm...esqueci-me, mas disseram-me que muitos.
Basil sorriu, coçou a cabeça e apanhou um restinho de sol.
- Toma, para ti, disse a Sindala.
- Porquê?
- o sol está quase a morrer....
- Ficas comigo?
- Sempre...
apertou-lhe a mão com o restinho de sol, sentaram-se à beira do lago e cairam do céu.
...........
- Olá!
- Olá!
O sol nasceu e olharam-se como sempre.

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