quinta-feira, 18 de abril de 2013

o looping e a carruagem de cristal

por vezes o nada encharca de tudo aqueles momentos...zen?! então fecho os olhos...............................

embalo o corpo e danço. de repente a estrada faz um looping e o carro cai. o caminho é estreito e jinga nas colinas da serra, dança comigo uma dança de roda mas está difícil saber quem tem o anel.
O sol amarra-se no horizonte na hora dos dourados e vermelhos quentes, por vezes lascivos. A dança percorre um espaço que se julga floresta e eu finjo que ainda uso diáfanos tecidos e que posso voar. Cheguei ao cabo. o farol abre caminhos no escuro. não sei se escorregue para a água se embarque nas sombras das ravinas. a estrada em looping mudou-me o horizonte, é agora o cruzeiro do sul que me ilumina o céu, ainda que eu saiba que não é aí que estou.
Ah, bom ali está uma porta. passo, porque não sei se entro se saio e encontro-me com as acácias, naqueles cachos de pó amarelo...parece-me que o sol veio ter comigo.
um abraço rodeia-me o colo e o bafo quente do meu amor chega-me ao coração. no meu regaço descansa o rosto, no meu regaço o acaricio.
o looping da estrada desfaz-se. o carro torna-se a minha carruagem de cristal. agora vou cinderela em busca do sopro no meu regaço, talvez escorregue para o mar...
O Sol picou-me as pálpebras, espreguicei os olhos e acordei. Sorri quando olhei a carruagem de cristal e o meu amor me bafejou...

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