domingo, 14 de abril de 2013

sabes-me a sal

saboreou-lhe o corpo. o sal que o sol lhe secara na pele adoçava-lhe os lábios. sentia-lhe a pele quente e o roçar ondulante de sal e de moura.
Quis-lhe os lábios sobre o peito, um beijo em regato no leito da nuca, desaguado na boca, salgado ardentemente salgado.
e o mar agitava-se-lhes nos corpos, vagas intensas e cavadas, o sal a morder-lhes a pele. Ele entre as coxas dela, ela nele enlaçada.
roçou-lhe os dedos sobre o ombro, afastou-lhe o cabelo da testa, sobre a orelha. beijou-lhe a ponta do nariz e descansou-lhe o rosto sobre o peito.
- Sabes a mar, princesa!
- Sabes-me a  sal, amor.

Sem comentários:

Enviar um comentário