gosto do crepitar das emoções, leves e saltitantes labaredas que queimam os corpos e agitam as mentes
os teus dedos roçaram os meus, tão leves e tão ardentes, e o meu coração crepitou, acendeu um rio de fogo nos meus lábios, e os meus dedos beijaram os teus, e em carícias prolongadas alcançaste-me o pulso num palpitante aconchego,
e eu suspirei, baixinho, encostei o meu braço ao teu e abri a mão que tu entrelaçaste com os teus dedos e apertaste e soltaste e apertaste e soltaste...
e havia uma luminosidade branca, num jogo de sombras e luzes, da fita que passava no écran.
Segredaste-me "não estou a ver nada". "eu também não" atrevi-me a balbuciar.
E os teus dedos roçaram os meus e a tua mão prendeu a minha e a minha alma amou-te então.
Sem comentários:
Enviar um comentário