quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Oasiana

movia-se na rua, ondulava as ancas numa dança moura e sorria.
olhava em sedutor jeito as portadas das janelas e...movia-se.
o vestido leve a esvoaçar desenhando-lhe as coxas, as nádegas, os seios...
o cabelo em trança incerta soprava-lhe umas farripas por sobre os olhos.
afastava-as com as mãos e assim espreguiçava o corpo e desnudava a nuca.
Movia-se na rua e o mundo parava.
exalava cheiro de sal e aguçava as sedes.
Oasiana, se chamava. Oasiana se deitava nas areias quentes dos desertos.
da sede curava....
Olhou-o no cimo da rua, imenso e sedento.
Ondulou as ancas e nele se enlaçou, regato fresco de braços e encostos.
- Oasiana! - disse-lhe.
e por ela penetrou em doce encanto.

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