quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ugardila, a águia de Tempo

ugardila lançou-se sobre o vale, rasgou o vento soprado em trinado quente sobre o planalto.
Zi tinha batido as asas e ela sabia que tinha chegado o momento da grande viagem. Cumpria-se o destino das histórias de Tempo: um dia chegaria uma princesa que crescia com as plantas e entendia as vozes dos seres de Tempo.
Ela, Ugardila e grande águia era a sua guardiã. O bico tremeu-lhe a este pensamento. - E se falhasse?-  pensou, - como iria explicar-se a Zi? e aos seres de Tempo?
Engoliu em seco e olhou incisivamente as águas do rio que corria manso no fundo do vale. Precisava molhar o bico, tirar aquela secura da incerteza. Pousou bem perto da linha de água e pata ante pata foi-se deixando refrescar nas águas frias...Com o coração a bater mais de mansinho, foi relembrando os contos de Zi. Foi quando Balbuína de Cuzcar lhe pediu remendos de memórias.

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