quinta-feira, 5 de setembro de 2013

sonho

adormeceu no acordar da madrugada.
sacudiu os braços e deixou que as gotas deslizassem, pequeninas, sedosas e escorregadias. a água brincava aos rios de prata sobre a sua pele, sulcava brilhos e o sol perdia-se em pérolas no seu ventre.
desejou-lhe o corpo, quente e seco, perdido no seu.
abriu a nuvem solta e a borboleta esvoaçou, pousou-lhe no ombro fresco, sacudiu as asas do cansaço e adormeceu.
acordou antes da alba. enroscou-se-lhe no peito e quis voltar ao sonho.



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