havia uma casa perdida. estava na esquina da minha memória, preenchida de quartos repleta de sobressaltos. amei-te na casa perdida, no canto aberto para o regato das névoas. amei-te em lençois soltos e na erva do quintal.
entrei
no espaço sem porta e sentei-me na rede da cama esquecida. o veludo dos
teus dedos perdeu-se nos meus ombros. Cheiravas-me à hortelã do vaso
que tinhamos no peitoril da janela.
o vestido escorregou-me da memória e encostaste o teu corpo no meu...acordei nos teus braços.
amei-te assim na casa perdida. guardo no corpo o sabor dos teus lábios a hortelã.
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