domingo, 29 de junho de 2014

Inebrio-te de cheiros

às vezes a noite fica límpida. É como se o frio da escuridão alegrasse a visão do que não se vê. As estrelas tornam-se azuis e lampejam fios prateados por onde escorrega o pó de estrelas.
nessas noites acontecem desejos que se desenham em pegadas no areal, bem junto ao marulhar das águas.
adormeço no pó de estrelas. Acordo. estou nas pétalas da flor que a manhã singela desabrochou. O sol aquece a névoa matinal e os teus braços envolvem-me. Inebrio-te de cheiros.
às vezes a manhã fica quente. É como se o calor da claridade irrompesse o universo de paixão.

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