terça-feira, 3 de junho de 2014

semeou-a de carícias


desenhou-se sob o umbral da porta.
não se soubera ausente apenas tinha dobrado a esquina do fundo da viela. Ainda levava no corpo os sussurros da paixão, toques lânguidos que o dançar das ancas soltava ao caminhar.
Roçara-lhe o rosto um  repentino tufo lilás, de uma jacaranda no topo da grande alameda, quando a esquina dobrou. depois dançou caminhos de toques lânguidos à procura das mãos que a tocaram.
quando o olhou, de sob o umbral da porta, semeou-o de carícias, sorriu-lhe de dentro da sombra desenhada e dançou as ancas por entre o toque das suas mãos.
semeou-a de carícias, ele.

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