há corpos que serpenteiam, meios nas águas, meios ao sol por estes meandros. Deslizam o ventre, antebraços e coxas por sobre as pedras e a areia grossa em voluptuosa dança. Erguem as pernas e os braços salpicando a corrente de gotas de água. Sacodem os ombros em alegre desvario e tombam a nuca e num repente a elevam trazendo um manto de diamantes aquíferos que se espalham em todas as direcções. Os risos soltam-se, vaporosos, os corpos rolam e deitam-se, costas sob a água abrindo-se às quentes picadas dos raios de sol, e os risos soltam-se apaixonados.
Uma vez, apaixonei-me assim por um rio...por lá desliza ainda o meu corpo.
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