sexta-feira, 8 de março de 2013

as magas

conheci-as já velhas. a curandeira e a bruxa. a doce e a agreste.
"Esmelindra", complicavam-lhe o nome na aldeia, dura e seca. Tinha sido mãe menina, analfabeta, criadora de sete dos doze filhos. Amou, amou tanto que nem sabia deixar-se amar.
Adelaide, a doce e risonha curandeira. escritora de longas cartas à minha mãe, escrita de fim de século, letra de caligrafia desenhada. Amou, amou tanto e sabia deixar-se amar.
Não dei conta delas durante, pelo menos não tanto quanto hoje queria.
Existiam, tinham saberes exóticos e excêntricas formas de vida.
São magas da minha vida, nas histórias que me deixaram.
Deusas de um tempo breve agora eterno.
"Esmelindra" a bruxa, Adelaide a curandeira, deixaram-me poderes mágicos.
a viagem com Lia é numa vassoura. Até à eternidade

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