domingo, 10 de março de 2013

o sol azul

um dia o sol nasceu em cor azul e os homens espantados ficaram a olhar para um sol azul no céu azul!
-azxul, avó!? e Lia sorria.
- Sim, princesa, azul, tão azul que o céu ficou cor de prata. Então as cores começaram a mudar e os homens ficaram esquisitos porque já nada era certo. Começaram por ter fome e depois sede porque já não sabiam como era a cor do trigo e a cor da água.
-Aba, avó, vem com a Lia à aba.
- Sim, flor, vamos.
- E depois, avó?
- Pois, depois os homens não sabiam o que fazer, tinham medo de tudo e não sabiam como viver sob um céu azul. precisavam de um aventureiro para experimentar, assim como tu fazes, meu amor, a brincar!
- a Lia gota de brincá, pode ser a Lia vó, pode? - Pode sim, Lia, mas os homens demoraram muito tempo a encontrar o aventureiro, porque se tinham esquecido dos meninos e das meninas e, entre os homens ninguém se quis aventurar. Foi quase no fim do dia de azul que repararam que as crianças pareciam chapinhar no que parecia ser um regato e lambiam nos lábios umas coisas estranhas.
"Elas sabem, as crianças sabem" correu o segredo pelo mundo e os homens voltaram a conhecer o trigo e a água nos sorrisos das crianças. Ah! e o Sol voltou a ser dourado.
- Poquê, avó?
- por ser o teu sorriso, Lia. o Sol é o sorriso dos meninos e das meninas.
Lia, deitou-lhe os braços roliços no pescoço, deu-lhe uma beijoca e desatou em corrida na areia dourada.
O sol pulsou um raio azul, de feliz.

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